Se fizermos uma recapitulação de alguns dos acontecimentos do ano de 2015, veremos que foi um ano difícil. Nos noticiários, a nível internacional, nos entristecemos com a intolerância religiosa que levou ao grupo extremista intitulado "Estado Islâmico" assassinar diversas pessoas, por possuírem uma crença diferente da deles. Tivemos notícias do aumento exponencial da violência no mundo, até mesmo no seio das famílias, amargamos o desprazer de constatar crimes difíceis de acreditar que foram cometidos por seres racionais. Em nível nacional, os escândalos de corrupção na politica e em outras repartições públicas marcaram de vergonha o nosso País. A Crise Econômica, talvez a maior já enfrentada por nosso Brasil, trouxe instabilidade ao Mercado, falência de várias empresas, desemprego, e insegurança a cada família brasileira.
Neste cenário, somos bombardeados por tantas informações que temos, muitas vezes, que nos esforçar para combater os pensamentos negativos batendo recorrentemente às janelas de nosso entendimento. O medo tem feito parte de nossos dias. Vivemos com grades nas janelas das casas, instalamos ofendículas em nossos muros, nossos carros tem diversas proteções, estamos emocionalmente armados para o pior. Um cenário de guerra interior se instala em nossas mentes e precisamos combater a todo momento os fantasmas do medo e da ansiedade em nosso subconsciente, para manter viva a esperança em nossos corações.
Muitos tiveram que combater inimigos muito fortes e pensaram que não teriam forças para acreditar que dias melhores viriam. Quantos tiveram que, neste ano, lidar com a dor irreparável da perda e a eterna saudade do ente querido, vitimado pelo descontrole da violência, por acidentes, por doenças, pelo suicídio. Quantos tiveram que amargar a frustração e a tristeza diante dos sonhos que não se realizaram mesmo tendo feito tudo o que estava ao seu alcance. Outros, sentem-se sufocados pela angustia diante da incerteza do amanhã, das decisões que precisa tomar, das distorções do tempo presente em relação aos seus planos...
Mas, quero te dar uma boa notícia: nós chegamos até aqui, e somente isso já nos faz vitoriosos! O inimigo de nossas almas arquitetou diversos planos para nos destruir de dentro para fora, desconstruir nossa essência, abalar nossa confiança em Deus, roubar a esperança de que nossos sonhos ainda irão se realizar. Mas, eu quero, com muita fé, lhe dizer que apesar das tragédias, das decepções, das perdas, o ano de 2015 não foi o capitulo final da história da humanidade, nem da história de nossa nação, nem em sua história pessoal. Passamos por crises, mas se estamos em Cristo, este ainda não é o fim!
A palavra crise me faz lembrar da borboleta na crisálida. Crise tem a mesma origem etimológica da palavra crisálida. A lagarta, enquanto presa na crisálida, está em processo de transformação. A velha e feia lagarta passa por um processo doloroso dentro da crisálida para ser transformada na bela, colorida, e fascinante borboleta! Se interrompemos a crise, ela continuará ser aquele ser asqueroso e rastejante, mas se ela suporta todo aquele processo sem interrupção, então ganha suas belas asas e seu novo corpo, forte o suficiente para recomeçar uma nova etapa de vida. Ao voar, acima de toda antiga dificuldade, a bela borboleta tem o prazer de receber a recompensa de sua perseverança. Sim, agora, ela pode sentir o mais excelso perfume das flores e saborear o mais doce dos néctares e, ainda, ser admirada por todos que aprendem com seu exemplo de superação. Assim é conosco, temos que enfrentar as crisálidas da vida para que possamos voar como borboletas!
Em nossa história, passamos por diversas fases, assim como o planeta passa pelas várias Estações do ano. Algumas fases da vida são como a doce primavera onde contemplamos o perfume das flores da amizade, das conquistas, das superações, produzindo sementes de novos sonhos; Temos os tempos de verão, onde desfrutamos da alegria em família, nos divertimos, nos deslumbramos com o sol da esperança raiando quente em nossos corações. Contudo, também enfrentamos a fase do outono, onde algumas flores caem e folhas ficam pelo caminho trazendo lembranças de dias perfumados. E, ainda, tempos difíceis de inverno, onde até nossos corações são tentados a se congelar diante do esfriamento do amor em nossa volta, das más notícias, das ingratidões, decepções, da perda, da dor; Contudo, as fases passam, pois como diz o proverbio popular: "não há bem que sempre dure, ou mal que nunca acabe!"
Não sei como foi o seu ano, em qual fase você está vivendo, mas saiba que para Deus não há impossíveis. "Porque para Deus nada é impossível." Lucas 1:37. Assim, como na história da borboleta ou na metáfora das estações do tempo, podemos ser os perdedores que ficam murmurando e desistem na metade do caminho ou podemos continuar até o fim do processo doloroso e, na linha de chegada, contemplarmos a recompensa de cada um dos nossos valorosos esforços depositados na construção de um amanhã melhor, de um ano realmente novo dentro de cada um de nós.
Não desista dos seus sonhos só porque eles não se realizaram em 2015, acredite que 2016 será marcado pela materialização de sonhos ainda mais difíceis e lindos que você já teve a oportunidade de sonhar! "Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam." 1 Coríntios 2:9
Deus te trouxe até aqui, Ele tem te sustentado e irá contigo até o fim, por isso, acredito que este novo ano será uma benção em sua vida! Seja escritor(a) de sua história, aproveite para escrever os 365 dias deste novo ano com suas mãos dirigidas pelo Autor da Vida, o Deus que sonhou contigo, e que te ama com amor eterno e incondicional.
"Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia." Salmos 139:16
Feliz 2016 para você e toda sua família! Muito obrigada a todos que leem este blog, que deixam comentários, demonstrações de carinho e apoio! Beijo no seu coração;)
Autora: Deyse Lourenço da Silva Patoleia
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